Sistemas Anaeróbios
Os processos anaeróbios representam um sistema balanceado, o qual envolve processos metabólicos complexos em etapas sequenciais e que dependem da ação de grupos de microrganismos. Desta forma, a digestão anaeróbia consiste na ação desses diversos grupos de microrganismos que convertem a matéria orgânica em metano, gás carbônico, água, gás sulfídrico e amônia.
Dentre as vantagens desses sistemas, destaca-se:
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Baixa produção de sólidos/lodo (cerca de 8 vezes inferior ao que ocorre em sistemas aeróbios);
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Baixo ou inexistente consumo de energia elétrica;
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Baixos custos operação;
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Tolerância a elevadas cargas orgânicas.
Tanque Séptico + Filtro Biológico
Indicado para tratamento de baixas vazões, o Tanque Séptico seguido de Filtro Biológico é ideal para conjuntos pequenos de residências e empresas de pequeno a médio porte. No Tanque séptico o efluente é estabilizado através da ação das bactérias anaeróbias, já no Filtro, ocorre o polimento do esgoto através de meios filtrantes que servem de suporte para a fixação de colônias de microrganismos anaeróbios.
O grande diferencial deste sistema está na robustez da operação e o grande espaçamento para remoção de lodo através de caminhão hidrovácuo (limpa-fossa), entre 1 a 5 anos, a depender dos critérios de dimensionamento.
UASB + Filtro Biológico
O reator UASB (Upflow Anaerobic Sludge Blanket), também conhecido como RAFA (Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente) é o que se tem de mais eficiente em termos de digestão anaeróbia de esgoto doméstico/sanitário atualmente, amplamente empregado no Brasil devido a sua compacidade e baixo custo de implantação. A estabilização da matéria orgânica ocorre em todas as zonas de reação. Dentro do reator existe um dispositivo de separação de gases e sólidos, que tem como objetivo garantir as condições ótimas para sedimentação das partículas. Dentre as vantagens do UASB, pode desatacar a elevada eficiência na remoção de DBO em comparação ao Tanque Séptico (60 a 70%). Passando para etapa do Filtro Biológico, nela ocorre o polimento do efluente, objetivando atingir eficiências finais na casa de 80 a 90% de DBO.
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